Nesta quinta-feira (11), o Conselho de Segurança da ONU se pronunciou pedindo que Israel intensifique seus esforços para entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, diante da iminente ameaça de fome que assola a região. Apesar dos recentes aumentos no número de caminhões que entram no território palestino, as organizações humanitárias consideram que os esforços ainda são insuficientes.
As rotas dos carregamentos de ajuda humanitária são um ponto de destaque nessa questão. A ajuda geralmente chega ao Egito pelos portos de Porto Said ou El Arish, sendo este último mais próximo de Gaza, mas com uma capacidade limitada. No dia 5 de abril, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou dispositivos para aumentar as entregas, incluindo o uso do porto de Ashdod, no sul de Israel, e uma nova passagem de fronteira terrestre.
Atualmente, a maioria dos caminhões que transportam ajuda humanitária entra pela passagem de Rafah, na fronteira entre Egito e Gaza, onde enfrentam longas esperas devido à capacidade limitada da área de trânsito. Além disso, os produtos autorizados a entrar são submetidos a um rigoroso controle, o que torna o processo de entrega ainda mais lento.
A entrega de ajuda humanitária ao norte de Gaza, onde a crise é mais profunda, é ainda mais complexa devido à destruição e aos combates na região. Vários comboios foram bloqueados pelas autoridades israelenses, e as organizações humanitárias relataram saques por parte de palestinos “famintos”.
Países como Estados Unidos, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, França e Bélgica têm realizado lançamentos aéreos de ajuda humanitária, especialmente na região norte de Gaza. Além disso, a abertura de um corredor marítimo entre Chipre e Gaza permitiu a chegada de um navio com 200 toneladas de alimentos em março.
No entanto, apesar desses esforços, a comunidade internacional e os cidadãos de Gaza consideram as iniciativas ainda insuficientes para lidar com a crise humanitária que assola a região. A pressão sobre Israel para ampliar e agilizar a entrega de ajuda humanitária em Gaza continua a crescer, à medida que a situação se torna mais crítica.
