Essa valorização levou o dólar ao seu maior patamar desde outubro do ano passado, acumulando um aumento de 1,5% somente no mês de abril. No ano de 2024, a moeda já registra uma alta de 4,88%. Paralelamente, o mercado de ações também enfrentou turbulências, com o índice Ibovespa, da B3, fechando em queda de 0,51%, chegando aos 127.396 pontos.
A divulgação do Índice de Preços ao Produtor nos EUA, que registrou 0,2% de aumento em março, ficando abaixo das projeções, não foi suficiente para acalmar a agitação dos investidores devido à inflação ao consumidor, que foi superior ao esperado. Esse panorama reduziu as possibilidades de o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA) iniciar um corte nas taxas de juros em junho, aumentando a pressão sobre o dólar e a bolsa brasileira.
O comportamento do mercado global reflete a busca por segurança dos investidores, que estão migrando para os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os ativos mais seguros do mundo. Essa fuga de capitais de economias emergentes, como o Brasil, contribui para a valorização do dólar em relação a outras moedas. Nesse contexto, os investidores ficam atentos a qualquer movimento do Fed, que considera tanto a inflação ao consumidor quanto ao produtor na definição de sua política monetária.
O cenário internacional demonstra a sensibilidade dos mercados às informações econômicas e decisões dos bancos centrais, evidenciando a interconexão entre as economias globais e seus reflexos locais. O fechamento em alta do dólar e a queda da bolsa refletem a cautela dos investidores diante desse ambiente de incertezas.