Ministério Público Panamá pede pena máxima de 12 anos para fundadores do escritório Mossack Fonseca no caso Panama Papers.

O Ministério Público do Panamá fez uma solicitação drástica nesta quarta-feira (17) ao pedir a pena máxima de 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro para os fundadores da firma Mossack Fonseca, Jürgen Mossack e Ramón Fonseca. O pedido foi feito pela promotora Isis Soto durante o oitavo dia do julgamento relacionado ao escândalo dos “Panama Papers”.

Segundo as acusações feitas pela promotora, Mossack e Fonseca são responsáveis por ocultar, encobrir e fornecer informações falsas a entidades bancárias para a abertura de contas e esconder a titularidade de bens. Além disso, eles teriam recebido e transferido recursos provenientes de atividades ilícitas na Alemanha e na Argentina.

Outros 24 acusados, principalmente ex-funcionários do escritório, também estão sendo julgados, com a promotora pedindo a sentença condenatória de acordo com a participação de cada um no crime de lavagem de dinheiro. O julgamento teve início oito anos após a publicação dos Panama Papers pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que revelou como personalidades de todo o mundo utilizavam sociedades opacas para evadir impostos e lavar dinheiro.

De acordo com o Ministério Público, a Mossack Fonseca facilitou a criação de sociedades opacas utilizadas para esconder dinheiro proveniente de atividades ilícitas, como o pagamento de comissões. Além disso, o escritório também teria sido utilizado para guardar dinheiro de um grande golpe na Argentina.

O escândalo dos Panama Papers envolveu líderes políticos e personalidades de renome, como Vladimir Putin, Lionel Messi, Mauricio Macri, entre outros. A investigação revelou um vasto esquema de lavagem de dinheiro e evasão fiscal que gerou repercussão em todo o mundo. Agora, o julgamento dos fundadores da firma Mossack Fonseca continua avançando no Panamá, com a promotoria buscando uma sentença severa para esses acusados.

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