Crise humanitária em Gaza: milhares de palestinos buscam refúgio no Egito para fugir do conflito que já matou mais de 34 mil pessoas

Após mais de seis meses de conflito armado na Faixa de Gaza, milhares de palestinos se viram obrigados a migrar para o Egito em busca de abrigo e segurança. Essa fuga em massa se deu em meio a um cenário desolador de guerra, que já ceifou a vida de mais de 34 mil pessoas e desencadeou uma grave crise humanitária na região.

Autoridades egípcias estimam que mais de 83 mil civis tenham cruzado a fronteira desde o início do conflito, em outubro do ano passado. E, de acordo com o embaixador palestino no Cairo, Diab Allouh, esse número pode chegar a incríveis 100 mil pessoas que buscaram refúgio no país vizinho.

A principal via de escape para os palestinos é o ponto de passagem de Rafah, que, teoricamente, não está sob o controle direto de Israel. No entanto, Tel Aviv mantém o direito de supervisionar a entrada e saída de pessoas e bens nessa região. Vale ressaltar que Gaza é uma área profundamente empobrecida, e a situação se agravou ainda mais com a extensão da ofensiva terrestre das Forças Armadas israelenses.

A maioria dos palestinos que chegam ao Egito tem como destino final outros países, mas há relatos de que “milhares” permanecem em Cairo sem acesso a assistência humanitária. Enquanto isso, uma única empresa, a Hala Consulting and Tourism, monopolizou as travessias de fronteira, cobrando valores exorbitantes que chegam a US$ 5 mil por adulto e US$ 2,5 mil por criança.

Essa jornada desesperada por segurança e sobrevivência ganhou ainda mais urgência após o anúncio de Israel sobre uma operação terrestre iminente em Rafah. O desespero gerado pelo prolongado período de conflito, aliado à falta de ajuda humanitária e ao aumento da fome, levou milhares de habitantes de Gaza a arriscarem suas vidas em busca de um futuro incerto no Egito.

Em meio a essa crise humanitária sem precedentes, o Egito nega a cobrança de taxas extras na fronteira de Rafah e se compromete a acabar com qualquer prática ilegal nesse sentido. O país também intensificou as medidas de segurança na região fronteiriça, erguendo muros e enviando reforços militares para conter a escalada de violência proveniente do conflito em Gaza.

Portanto, o cenário é de desespero e incerteza para milhares de palestinos que se viram forçados a abandonar suas casas e enfrentar uma jornada repleta de dificuldades em busca de um lugar seguro para recomeçar suas vidas. O mundo acompanha com consternação essa tragédia humanitária e clama por uma solução pacífica para o conflito que assola a região.

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