A renúncia de Henry ocorreu como prometido, após ele anunciar sua saída em março e prometer deixar o cargo após o Conselho de Ministros ser instalado. Em uma carta, o primeiro-ministro anunciou sua decisão, citando motivos pessoais e agradecendo ao povo haitiano pela oportunidade de servir ao país.
O Conselho Presidencial de Transição do Haiti é composto por oito homens e uma mulher e tem a responsabilidade de supervisionar a transição política no país. Após a instalação do conselho, a próxima etapa é a nomeação de um novo primeiro-ministro para liderar o governo interino.
A formação do conselho, que foi confirmada em abril, foi adiada várias vezes devido a lutas internas. Agora, o foco é preparar o país para novas eleições até 2026. A instalação do novo conselho trouxe uma nova expectativa de estabilidade para o Haiti, que enfrenta uma série de crises, incluindo a violência das gangues e a instabilidade política desde o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse em 2021.
A violência das gangues tem levado o país ao caos, com ataques a delegacias de polícia, prisões e sedes oficiais. A situação se agravou após o assassinato de Moïse, resultando em deslocamentos internos e uma crise humanitária, com milhares de pessoas fugindo da capital e enfrentando escassez de alimentos e suprimentos médicos.
O Haiti agora aguarda o início da gestão do novo conselho, com a esperança de que possa combater a violência das gangues, restabelecer a ordem pública e promover a estabilidade política e econômica necessária para o país se recuperar e avançar rumo a um futuro mais promissor.
