Projeto de Lei propõe criminalização do “abandono digital” por pais e responsáveis, colocando em risco a segurança dos filhos.

No Brasil, uma proposta de Projeto de Lei 1052/24 pode transformar o “abandono digital” em crime, com penas de detenção ou reclusão para os pais que deixarem de educar ou prestar assistência no ambiente virtual, colocando em risco a segurança de seus filhos. A autora do projeto, a deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA), destaca os efeitos nocivos dessa conduta e argumenta que as crianças e adolescentes são vulneráveis no mundo digital, exigindo a intervenção do Estado para proteger seus direitos.

De acordo com a proposta, o abandono digital pode resultar em penas que variam de detenção de dois meses a um ano, reclusão de um a três anos em casos de lesão corporal grave, e reclusão de três a dez anos em caso de morte. O projeto pretende inserir esse crime no Código Penal, ampliando as formas de proteção aos menores diante da negligência parental.

A deputada ressalta a importância de se cumprir os deveres inerentes ao poder familiar, defendendo a intervenção estatal para garantir os direitos das crianças e adolescentes. O projeto agora será analisado pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguir para a aprovação no Plenário.

A proposta busca enfatizar a responsabilidade dos pais no ambiente digital, ressaltando a necessidade de proteção integral das crianças e adolescentes nesse contexto. A discussão sobre o abandono digital como crime é relevante no atual cenário de constante presença das crianças na internet e sua vulnerabilidade diante de diversos perigos presentes nesse meio. A iniciativa da deputada Rogéria Santos visa garantir a segurança e bem-estar dos menores, promovendo uma reflexão sobre a importância da presença e orientação dos pais no mundo virtual.

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