Em sua vez de se pronunciar, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que as declarações de Delgatti ao longo da manhã eram mentirosas, refutando a ideia de que o hacker tinha sido contratado para fraudar as eleições. Segundo Bolsonaro, as conversas com Delgatti visavam apenas instruir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre possíveis melhorias nas urnas eletrônicas. O senador questionou a intenção de Delgatti em mentir, sugerindo que ele estava sendo pago por alguém para isso.
Já o senador Marcos Rogério classificou o depoimento como um “enredo ensaiado” e questionou a ausência de provas apresentadas por Delgatti. Rogério também criticou o fato de o hacker ter o direito ao habeas corpus, mas ter exercido essa prerrogativa somente durante as perguntas dos parlamentares da oposição. O senador ressaltou que, até então, Delgatti havia falado além do necessário, mas quando os senadores da oposição o questionaram, ele escolheu ficar em silêncio. Rogério concluiu afirmando que o silêncio de Delgatti falava mais do que suas palavras para agradar os membros do governo presentes.
O deputado Delegado Ramagem trouxe à tona os crimes aos quais Delgatti foi condenado ao longo dos últimos anos, como falsidade ideológica e estelionato. Ele questionou se a declaração de Delgatti deveria ser considerada uma verdade absoluta, considerando seu histórico de crimes. Ramagem também destacou a parcialidade do hacker ao responder somente aos parlamentares da esquerda, como evidenciado por seus publicamente manifestados apoios a essa corrente política e ao ex-presidente Lula.
Diante dessas declarações contraditórias e da escolha de Delgatti em permanecer em silêncio perante os questionamentos da oposição, resta aguardar os desdobramentos dessa investigação para obter mais informações e esclarecimentos sobre o caso.
Reportagem: Geórgia Moraes
Edição: Ana Chalub