A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprova projeto que assegura assistência aos idosos analfabetos quando são demitidos.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (13), um projeto que visa garantir assistência aos trabalhadores analfabetos com mais de 60 anos que forem demitidos. O texto determina que o sindicato, as superintendências do Trabalho ou órgãos de representação do Ministério do Trabalho deverão prestar assistência no momento da demissão ou quitação de rescisão de contrato desses trabalhadores.

A proposta estabelece que o empregado poderá escolher livremente a assistência de qualquer um desses órgãos. O projeto, que teve parecer favorável do relator, deputado Kim Kataguiri (União-SP), será agora encaminhado ao Plenário para tramitação.

De acordo com o relator, o projeto de lei está de acordo com o princípio da dignidade humana ao criar um tratamento diferenciado para os trabalhadores idosos e analfabetos, permitindo que eles compreendam seus direitos e se posicionem sobre os termos da rescisão.

Antes da reforma trabalhista (Lei 13.467/17), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) exigia assistência sindical ou de autoridade do Ministério do Trabalho como requisito para a validação da rescisão contratual de empregados com mais de um ano de serviço. No entanto, com as mudanças na legislação, empregado e empregador não precisam mais dessa homologação junto ao sindicato, podendo formalizar a saída diretamente na própria empresa, independentemente do tempo de serviço do empregado.

É importante destacar que o projeto aprovado pela CCJ estabelece a assistência específica para trabalhadores analfabetos com mais de 60 anos, garantindo que eles não sejam prejudicados em sua compreensão dos termos da rescisão contratual.

Essa proposta visa assegurar que esses trabalhadores mais vulneráveis tenham o suporte necessário no momento da rescisão de contrato, garantindo que seus direitos sejam respeitados e que eles possam compreender todas as informações relevantes durante esse processo.

Agora, o projeto seguirá para tramitação no Plenário, onde poderá ser debatido e sofrer alterações antes de ser votado.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo