Ataques Israelenses em Gaza: ONU denuncia bombardeios a áreas residenciais e escolas, enquanto Israel nega responsabilidade pelo ataque ao Hospital Ahli Arab.

Israel e Hamas se envolvem em um conflito de duas semanas, com ataques aéreos e terrestres sendo realizados por ambos os grupos. O grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, invadiu casas e levou reféns, levando Israel a retaliar com bombardeios em várias áreas de Gaza. Como resultado, regiões residenciais e escolas foram atingidas.

Uma das vítimas desse conflito foi o Hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, que foi atacado e resultou na morte de 470 pessoas. O grupo Hamas acusa Israel pelo ataque, enquanto os militares israelenses negam a responsabilidade, alegando que a unidade foi atingida por um lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica.

No Brasil, representantes das comunidades israelense e palestina revelaram suas percepções sobre o conflito. O presidente executivo da Federação Israelita do estado de São Paulo, Ricardo Berkiensztat, destacou que a comunidade está abalada e preocupada com a situação em Israel. Eles acreditam que Israel tem o direito e o dever de se defender, além de defender o desmantelamento do Hamas para alcançar a paz na região.

Berkiensztat também aponta que houve um aumento do antissemitismo no Brasil após o início do conflito. A comunidade tem buscado medidas de segurança para evitar ameaças e cancelou eventos festivos. Além disso, tem investido na capacitação das pessoas sobre a história do conflito e oferecido apoio psicológico aos familiares que têm familiares vivendo em Israel.

Por outro lado, a jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh, coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino, destaca a crescente xenofobia e racismo contra os palestinos no Brasil. Ela ressalta que o conflito entre Israel e Palestina não é pontual e circunstancial, mas sim uma questão que dura há mais de 75 anos. Misleh denuncia a perseguição e ameaças enfrentadas por intelectuais e políticos que se manifestam em solidariedade ao povo palestino.

Ela relata também sobre a situação perigosa enfrentada pela população nos territórios atacados. Um brasileiro-palestino, Hasan Rabee, está em Gaza com sua família à espera de ser repatriado. Seus parentes foram mortos em um bombardeio ao prédio em que moravam. Misleh destaca a importância de um corredor humanitário para a entrada de ajuda às vítimas e pede que o governo brasileiro reconheça o apartheid israelense e rompa relações e acordos com Israel.

O conflito entre Israel e Hamas continua a causar vítimas e a aumentar a tensão entre as comunidades envolvidas no Brasil. É fundamental que a situação receba atenção e que busquem soluções para acabar com a violência e promover a paz na região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo