O país, que faz parte da União Europeia, tem registrado um aumento no número de imigrantes e solicitantes de asilo que passam pela Hungria em direção a outros países europeus. Com o objetivo de conter esse fluxo, o ministro do Interior, Matus Sutaj Estok, afirmou que centenas de policiais serão enviados para vigiar a fronteira junto com soldados.
“Queremos enviar um sinal claro de que, com o novo governo, veio uma nova abordagem em relação à imigração ilegal”, ressaltou Estok. O primeiro-ministro nacionalista, Robert Fico, visitou pessoalmente um dos postos fronteiriços como forma de apoio à operação.
Fico expressou preocupação com a possibilidade de piora na situação migratória e prometeu proteger a Eslováquia da migração ilegal. Segundo ele, mais de 46.000 imigrantes sem documentos já foram detectados no país.
O primeiro-ministro é conhecido por sua postura contrária aos refugiados e lidera o partido social-democrata Smer-SD, que venceu as eleições gerais no mês passado. Para formar uma coalizão governamental, o partido se aliou ao partido de extrema direita pró-Rússia SNS.
Essa mobilização na fronteira ocorre em um momento em que o debate sobre a imigração na União Europeia tem gerado controvérsias e desafios políticos. O aumento no fluxo migratório tem levantado questões sobre a segurança e a capacidade dos países em lidar com essa situação.
Além disso, a chegada de imigrantes tem gerado tensões políticas e sociais, alimentando o discurso de partidos nacionalistas e populistas em vários países europeus. Muitas vezes, esses discursos são baseados em estereótipos negativos sobre os imigrantes e em preocupações de ordem econômica e cultural.
Diante desse contexto, a Eslováquia decidiu intensificar o controle de sua fronteira com a Hungria como forma de conter a chegada de imigrantes ilegais. Resta agora acompanhar os desdobramentos dessa operação e analisar se ela será efetiva no cumprimento de seus objetivos.