A ex-primeira-dama afirmou ter recebido uma mensagem sobre o suposto envolvimento no incitamento de um golpe, e reagiu em tom de deboche, incitando golpes de luta e exibindo movimentos para a plateia. Além disso, ela ironizou a situação, afirmando que “dá o golpe” apenas com base na Bíblia poderosa e encenou alguns movimentos para os presentes. Em outro momento do mesmo evento, Michelle comentou sobre o “golpe na acessibilidade” em referência à sua principal bandeira política, a luta pelos deficientes visuais e auditivos.
A atual primeira-dama, Janja, também foi alvo de ironias por parte de Michelle. Sem citar nominalmente a esposa de Lula (PT), Michelle falou sobre sua “vocação para o trabalho” em comparação com outras pessoas que apenas “viajam”. Ela fez referência à agenda internacional cumprida pelo casal presidencial, questionando a necessidade da presença de mulheres em algumas ocasiões. Além disso, Michelle fez uma referência à entrevista concedida por Janja à revista ELA, interpretando como uma indireta e mencionando que agora ela vende batom como empreendedora.
Sua fala também abordou a questão das demissões de mulheres no governo, evidenciando o tema da misoginia. A ex-primeira-dama falou sobre as exonerações de duas ministras de estado e criticou a presença de aliados do centrão em cargos importantes.
Por fim, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também esteve presente no evento do PL Mulher e fez críticas ao governo federal e se referiu a Lula como “câncer vermelho”.
Diante de um contexto político conturbado e polarizado, as declarações irônicas de Michelle Bolsonaro repercutiram e geraram debates acalorados sobre o papel das mulheres na política, as acusações de golpe de estado e as exonerações no governo federal. Os comentários geraram polêmica e colocaram em evidência as rivalidades políticas entre os diferentes grupos.
