A resolução, focada na proteção de crianças e proposta por Malta, foi aprovada com 12 votos a favor, enquanto Estados Unidos, Reino Unido e Rússia optaram pela abstenção. O texto aprovado exige que as partes cumpram suas obrigações em matéria de direito internacional e do direito internacional humanitário, em especial no que se refere a civis e crianças.
Além disso, a resolução pede a implementação de pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados em toda a Faixa de Gaza para que ajuda humanitária de emergência possa ser prestada à população civil por agências especializadas da ONU, pela Cruz Vermelha International e por outras agências humanitárias imparciais. O texto também pede a libertação imediata e incondicional de todos os reféns mantidos pelo Hamas e por outros grupos, rejeita o deslocamento forçado de populações civis e demanda a normalização do fluxo de bens e serviços essenciais para Gaza.
Destaca-se que, no mês anterior, o Conselho de Segurança rejeitou a proposta brasileira que pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza. O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções e um voto contrário por parte dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança da ONU é responsável por zelar pela paz internacional e conta com cinco membros permanentes e outros dez rotativos. É necessário o apoio de nove membros do total de 15 para que uma resolução seja aprovada, sem a possibilidade de veto dos membros permanentes.
O conflito entre Israel e o Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, o que resulta em uma guerra que já causou milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios.