Parada LGBTI+ no Rio de Janeiro celebra a diversidade e luta por direitos em sua 28ª edição.

Neste domingo (19), as cores do arco-íris tomaram conta da orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante a 28ª edição da Parada LGBTI+, a mais antiga do país. O evento não apenas celebra a diversidade, mas também tem como objetivo repudiar os retrocessos que ameaçam os direitos das pessoas LGBTQIAP+. Com o lema “O Amor, a Cidadania e a Luta LGBTI+ Jamais Vão Recuar”, organizadores e participantes pedem por um maior combate a essas ameaças.

Um dos principais retrocessos apontados pelos organizadores e apoiadores da parada é o projeto de lei em discussão no Congresso Nacional que visa proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um direito garantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011. Além disso, a deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira transsexual da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), defendeu uma maior representatividade das pessoas LGBTI+ na política, ressaltando que ainda há uma série de desafios a serem superados, como as dificuldades em relação ao mercado de trabalho e ao ensino.

De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, há pelo menos 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que se declaram lésbicas, gays ou bissexuais, porém, ainda não existem levantamentos nacionais oficiais do restante da população LGBTQIAP+.

Para Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e coordenador-geral da marcha, a Parada LGBTI+ demonstra que é possível realizar uma luta com alegria e celebração, sem deixar de lado as reivindicações. Além disso, os organizadores destacaram que a pauta do evento não é apenas uma luta exclusiva da comunidade LGBTI+, mas sim uma luta por direitos humanos que deve ser abraçada por todos.

A parada contou com oito trios elétricos na Avenida Atlântica e apresentações de artistas da comunidade LGBTI+, como as cantoras Lexa e Valéria Barcellos. Além disso, foram oferecidos serviços de saúde, como vacinação e testagem de sífilis e hepatites, e informações sobre PrEP e PEP, com o objetivo de promover o cuidado da saúde da população. Parceiros como o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ministério Público também estiveram presentes para prestar serviços de cidadania.

Além de representar um importante momento de celebração da diversidade, a Parada LGBTI+ é também um evento que movimenta o turismo, sendo o terceiro evento que mais atrai turistas para o Rio de Janeiro, atrás apenas do Carnaval e do Réveillon. Para o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, Marcelo Freixo, a parada contribui para a dinamização da economia e para a construção de um Brasil mais inclusivo.

A edição deste ano da Parada LGBTI+ teve o apoio da empresa do governo federal e reforçou a importância do evento para a construção de uma sociedade mais igualitária e acolhedora para todos.

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