Presidente dos EUA completa 81 anos e seu futuro político é questionado, enquanto Biden brinca com sua idade avançada

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, completa 81 anos nesta segunda-feira (20) e comemora o seu aniversário com o tradicional perdão aos perus na Casa Branca. No entanto, sua idade tem se tornado uma preocupação entre seus apoiadores, tendo em vista as eleições presidenciais de 2024. Isso se deve ao fato de que Joe Biden é o presidente mais idoso da história dos Estados Unidos. Caso seja reeleito, terá 86 anos ao término de seu segundo mandato.

O democrata tem brincado com sua idade e sua equipe tem destacado que sua agenda cheia o deixaria exausto, mesmo para pessoas mais jovens. No entanto, pesquisas mostram que a idade do presidente é a maior preocupação dos eleitores americanos. A apreensão foi agravada por uma série de tropeços, deslizes e erros de Joe Biden, como perder o equilíbrio nos degraus do avião presidencial Air Force One, e dar respostas incoerentes durante coletivas de imprensa.

Apesar de o ex-presidente Donald Trump, de 77 anos, também ter cometido gafes, ele não gera a mesma preocupação entre seus apoiadores. David Karol, professor de governo e política na Universidade de Maryland, analisa que Joe Biden “não está fazendo muitas coisas erradas”, mas está lutando para mudar a percepção sobre sua idade, bem como sobre outras questões.

Se for reeleito em 2024, Joe Biden deixará o cargo nove anos mais velho que o recordista Ronald Reagan quando deixou a presidência, aos 77 anos. A casa Branca tem ignorado as pesquisas de opinião, apesar dos números desanimadores para o partido. Segundo a pesquisa da ABC/Washington Post, 74% dos entrevistados acreditam que Biden estaria velho demais para um segundo mandato, em comparação aos 50% de Trump. Já na pesquisa realizada pelo Yahoo/YouGov, 54% dos americanos afirmam que o democrata já não é mais competente para fazer o trabalho de presidente, em comparação aos 41% antes das eleições de 2020.

Alguns analistas sustentam que a idade de Joe Biden não deveria importar, e que o tema acabou sendo “transformado em arma” na política americana. Segundo S. Jay Olshansky, pesquisador de longevidade da Universidade de Illinois, em Chicago, o envelhecimento já não é mais o que costumava ser, e existem segmentos muito grandes da população que sobrevivem até a oitava década perfeitamente capazes de ser presidentes ou fazer o que quiserem. Enquanto a Casa Branca não demonstra preocupação, as pesquisas de opinião não são favoráveis a Joe Biden, o que pode apresentar um obstáculo nas eleições presidenciais.

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