As linhas 15-Prata do metrô e 10-Turquesa do trem estão completamente paralisadas. As demais linhas do metrô estão funcionando parcialmente, enquanto na linha do trem, a 12-Safira e 13-Jade estão operando normalmente e as linhas 7-Rubi e 11-Coral funcionam parcialmente. Por outro lado, as linhas de transporte metropolitano concedidas à iniciativa privada, 4 e 5 do metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos, operam normalmente.
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o trânsito na capital está acima da média, com 521 quilômetros de filas, sendo a situação mais crítica na zona leste, com 170 km de engarrafamento.
Os moradores da região estão tendo que buscar alternativas para se deslocar, como o caso da recepcionista Vanessa Dias, que precisou pegar um carro por aplicativo para conseguir chegar ao local de trabalho. A situação é semelhante para a encarregada operacional Adriana Galvão, que teve que pegar ônibus, carona e trem para completar seu trajeto diário. Até mesmo o engenheiro Carlos André Teixeira teve que recorrer ao uso de carro por aplicativo para chegar ao seu destino.
A greve dos servidores levou a uma negociação com o governo, que se recusou a aceitar a proposta de operação do metrô com as catracas livres. Os sindicatos defendem que a greve é legítima e não foi julgada ilegal pela Justiça. Segundo o governo estadual, a paralisação está afetando mais de 4,6 milhões de passageiros e provocou perdas de mais de R$ 60 milhões ao comércio.
Uma liminar concedida pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves, vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2), determinou que os trabalhadores dos transportes da cidade mantenham 80% do efetivo em atividade nos horários de pico, com multas diárias em caso de descumprimento.
O movimento dos servidores é uma resposta aos planos de privatização do governo de Tarcísio de Freitas, que envolvem a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), a Fundação Casa e a Linha 7 da CPTM, além das alterações propostas na Constituição paulista, que reduziriam o percentual mínimo de investimento em educação.
Esse não é o primeiro protesto realizado contra as privatizações, já que em 2023, duas paralisações ocorreram no dia 3 de outubro e no dia 12 de outubro. A greve continua e o governo está enfrentando desafios para resolver a situação e minimizar o impacto sobre a população.