Greve dos funcionários do Starbucks nos EUA em meio à Black Friday e mobilização dos trabalhadores na Alemanha e Reino Unido.

Nesta terça-feira (28), moradores da Grande São Paulo enfrentam dificuldades para se deslocar em razão da greve de servidores estaduais, incluindo metroviários e ferroviários. O protesto é contra a privatização de empresas e órgãos públicos, que tem afetado diretamente a população que depende dos serviços de transporte público.

A paralisação está afetando linhas inteiras do metrô e do trem, com algumas totalmente paralisadas, como as linhas 15-Prata do metrô e 10-Turquesa do trem. As demais linhas do metrô funcionam parcialmente, assim como algumas linhas de trem. Somente as linhas de transporte concedidas à iniciativa privada operam normalmente.

Essa situação tem causado transtornos no trânsito da capital, com 521 quilômetros de filas, sendo a zona leste a mais afetada, com 170 km de engarrafamento. Os moradores estão enfrentando grandes dificuldades para chegar ao trabalho, enfrentando atrasos e custos extras, como relata a recepcionista Vanessa Dias, que precisou recorrer a um carro por aplicativo para chegar ao trabalho.

No entanto, os sindicatos propuseram a liberação das catracas para a população como medida de atenuação da greve, o que foi prontamente negado pela Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos. Segundo ela, isso poderia trazer riscos de tumultos e acidentes graves nas estações.

Diante dessa situação, uma liminar concedida pelo desembargador Marcelo Freire Gonçalves determinou que os trabalhadores da Companhia do Metrô mantenham 80% do efetivo em atividade nos horários de pico e 60% nos demais períodos, sob pena de multa diária de R$ 700 mil em caso de descumprimento. A mesma liminar determinou os percentuais de operação para a CPTM.

Essa greve é mais uma expressão do descontentamento de parte da população com as políticas de privatização adotadas pelo governo, que afetam não apenas os trabalhadores, mas também a população em geral. Essa mobilização já ocorreu anteriormente e deve continuar enquanto as demandas não forem atendidas, representando um desafio para o governo e para a população atingida.

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