Durante uma reunião do Conselho Nacional de Economia, Maduro destacou que esse desejo de uma nova era nas relações entre Venezuela e Estados Unidos é consensual, abrangendo diversos setores políticos, religiosos, culturais e sociais do país. Ele ressaltou que essa nova era seria baseada no respeito mútuo entre as nações.
Vale lembrar que Maduro rompeu relações com os Estados Unidos em janeiro de 2019, depois que o governo norte-americano reconheceu o líder opositor Juan Guaidó como “presidente interino”. Isso ocorreu após Washington considerar a reeleição de Maduro em 2018 como fraudulenta.
Apesar disso, nos últimos meses, houve algumas aproximações entre os dois países devido a interesses energéticos. O governo de Biden anunciou um levantamento temporário das sanções econômicas ao petróleo, gás e ouro da Venezuela, com base em um acordo entre Maduro e a oposição sobre as condições para as eleições presidenciais de 2024.
No entanto, os Estados Unidos deixaram claro que as sanções podem ser reimpostas se o governo de Maduro violar o acordo com a oposição. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também pediu que Maduro definisse um cronograma para o levantamento das inelegibilidades políticas de possíveis candidatos da oposição antes do final de novembro.
Em resposta, Maduro reiterou que a Venezuela não aceita “chantagens” e clamou pelo levantamento definitivo das sanções de maneira permanente e definitiva. Ele ressaltou que a população venezuelana exige o fim das sanções à sua economia.
Essa tentativa de diálogo e reconciliação entre Venezuela e Estados Unidos ainda está em estágio inicial, e a reação do governo de Biden à provocação de Maduro ainda é incerta. Resta aguardar os desdobramentos e as possíveis respostas das autoridades americanas diante do convite do líder venezuelano para uma nova era nas relações bilaterais.
