Durante seu discurso, o senador argumentou veementemente contra a aprovação do projeto, afirmando que o Brasil não pode simplesmente “liberar dinheiro” para o BNDES, devido à situação de inadimplência de diversos países que receberam empréstimos da instituição financeira. Segundo Cleitinho, quinze países estão devendo ao Brasil, totalizando quase US$ 10 bilhões em dívidas. Ele ressaltou que países como Venezuela, Cuba e Moçambique estão entre os devedores, e questionou a lógica de emprestar mais dinheiro para nações que já estão inadimplentes.
Para ilustrar seu ponto, o senador comparou a situação dos países devedores com o estado de Minas Gerais, que também está inadimplente com a União. Cleitinho defendeu que a dívida do estado, estimada em cerca de R$ 160 bilhões, seja perdoada, alegando que o povo de Minas Gerais será o principal prejudicado ao pagar essa dívida por meio de impostos.
Durante seu discurso, o senador fez um apelo direto ao governo federal, pedindo que seja dada atenção à situação do estado de Minas Gerais, assim como é dada aos países estrangeiros devedores. Ele ressaltou que a dívida do estado não será paga pelo governador Romeu Zema, mas sim pelo povo mineiro, o que reforça a importância de buscar soluções para o problema.
O debate em torno do projeto de lei e da situação financeira do país e do estado de Minas Gerais promete ser acalorado nos próximos dias no Congresso Nacional, à medida que parlamentares e autoridades buscam encontrar formas de lidar com a inadimplência e o impacto financeiro nas contas públicas. A discussão sobre o perdão da dívida de Minas Gerais certamente estará entre os temas mais debatidos nos bastidores do legislativo.