CCJ da Câmara aprova projeto que cria cadastro de devedor de pensão alimentícia no eSocial para facilitar pagamento.

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um importante projeto de lei que tem como objetivo criar um cadastro de devedores de pensão alimentícia no Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). Essa aprovação visa facilitar o pagamento de pensão alimentícia quando o devedor troca de emprego, garantindo que o cumprimento dessa obrigação não seja prejudicado por mudanças na situação profissional do indivíduo.

A relatora do projeto, deputada Ana Paula Lima do PT-SC, apresentou o substitutivo ao Projeto de Lei 2439/23, proposto pela deputada Denise Pessôa do PT-RS, o qual foi aprovado pela CCJ. O texto aprovado traz mudanças de redação que buscam dar mais clareza ao projeto, de modo a adequar a implementação do cadastro de devedores de pensão alimentícia ao eSocial e evitar dúvidas na aplicação do texto.

Entre as mudanças propostas no substitutivo, está a obrigação do empregador de realizar o registro de pensão alimentícia descontada da remuneração de seus trabalhadores no eSocial, nos termos definidos na decisão judicial ou escritura pública. Além disso, a proposta prevê que os empregadores posteriores tenham acesso à informação sobre a existência da pensão, garantindo a continuidade do desconto nos casos em que o trabalhador troque de emprego.

A deputada Ana Paula Lima reforçou a importância do projeto, enfatizando que o dever de prestar alimentos é uma obrigação personalíssima e que toda e qualquer medida que facilite o pagamento da pensão deve ser concretizada. Já a autora do projeto, deputada Denise Pessôa, destacou as dificuldades enfrentadas pelas mães para garantir a pensão de seus filhos quando os pais mudam de emprego, ressaltando a necessidade de apresentar requerimento e decisão judicial para assegurar o benefício.

Portanto, a aprovação desse projeto representa um avanço significativo no sentido de garantir o pagamento da pensão alimentícia de forma mais ágil e eficiente, reduzindo as dificuldades enfrentadas pelas famílias que dependem desse suporte financeiro. Agora, o projeto segue para o Senado, a menos que haja recurso para votação antes pelo Plenário da Câmara, onde aguardará novos desdobramentos para se tornar efetivamente uma lei que beneficie milhares de famílias em todo o país.

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