Endividamento e inadimplência em Pernambuco: 418 mil pessoas com dívidas e 172 mil inadimplentes no mês de novembro.

O endividamento e a inadimplência atingem um grande número de pernambucanos, de acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No mês de novembro, 418 mil pessoas no estado possuíam dívidas com cartão de crédito, financiamentos, carnês, crédito pessoal, entre outros. Paralelamente, 172 mil estavam inadimplentes, enfrentando desafios financeiros que impactam sua capacidade de consumo e, consequentemente, afetam a economia do estado.

Segundo a PEIC, o endividamento reduz o poder de compra das famílias, especialmente em relação a produtos não duráveis, como alimentos, bebidas e combustíveis. A situação é agravada pelo fato de que o endividamento elevado pode levar a um ciclo vicioso, no qual as famílias precisam assumir novas dívidas para pagar as antigas, amplificando as despesas com juros e tornando ainda mais difícil sair da situação de endividamento.

A pesquisa também destaca que as famílias de menor renda em Pernambuco são as mais afetadas, com o cartão de crédito sendo o tipo de dívida mais frequente, seguido por carnês e crédito pessoal. O tempo médio de comprometimento do orçamento familiar com dívidas é de 8 meses, enquanto o tempo médio de contas em atraso é de 63 dias no estado, um dia a menos do que a média nacional.

No entanto, há sinais positivos, já que o nível de endividamento das famílias pernambucanas caiu em novembro, atingindo um patamar próximo ao de julho de 2022. O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, atribui essa redução da inadimplência a fatores como a melhora nos empregos formais e na renda da população, indicando um cenário mais favorável em relação à inadimplência das famílias. Além disso, ele destaca que o programa Desenrola, que auxilia na negociação de dívidas, contribuiu para a redução da inadimplência.

É importante ressaltar que a inadimplência não afeta apenas os consumidores, mas também as empresas, que podem enfrentar dificuldades no fluxo de caixa, desencadeando uma desaceleração econômica. Portanto, é fundamental que medidas sejam adotadas para auxiliar as famílias a sair dessa situação e garantir a estabilidade financeira tanto para os consumidores quanto para as empresas.

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