Rússia rejeita propostas dos Estados Unidos para libertação de prisioneiros, e governo americano pede negociações de boa-fé.

Rússia rejeita ofertas dos EUA para a libertação de prisioneiros americanos

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, a Rússia recusou todas as ofertas feitas pelos Estados Unidos para a libertação de prisioneiros americanos detidos no país. Em declaração feita nesta quinta-feira (14), Miller afirmou que o governo russo deveria “negociar de boa-fé”.

Miller ressaltou que os Estados Unidos estariam dispostos a acolher negociações de boa-fé por parte dos russos. Ele ainda acrescentou que o país fez uma oferta substancial há algumas semanas, mas que ela foi recusada. O presidente russo, Vladimir Putin, havia expressado esperança em um acordo sobre esse assunto, mas as ofertas continuam sendo rejeitadas.

Em sua grande coletiva de imprensa anual nesta quinta-feira, Putin indicou que a Rússia está disposta a chegar a um acordo, mas salientou que esse acordo precisa ser mutuamente aceitável e beneficiário para ambas as partes.

Entre os detidos estão Evan Gershkovich, jornalista do The Washington Post acusado de espionagem, e o ex-fuzileiro naval, Paul Whelan. A situação de Gershkovich é especialmente preocupante, já que um tribunal russo rejeitou o recurso para evitar a extensão da prisão preventiva decretada após sua captura em março de 2023. Ele ficará sob custódia até 30 de janeiro de 2024.

As acusações contra Gershkovich não foram fundamentadas e não foram apresentadas provas públicas, enquanto as declarações do repórter sobre a questão foram mantidas em segredo. Já Whelan, que foi detido em Moscou em 2018, sempre alegou que as provas contra ele foram forjadas.

Apesar das tensões entre os dois países após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, os Estados Unidos organizaram duas trocas de prisioneiros, incluindo a libertação da estrela do basquete Brittney Griner, detida por suposto tráfico de maconha. A resposta da Rússia a essas tentativas de negociação permanece distante.

A situação dos prisioneiros americanos na Rússia continua sendo um ponto de tensão entre os dois países, que possuem uma relação conturbada devido a uma série de questões políticas e diplomáticas. A liberdade e a segurança desses prisioneiros permanecem incertas, sem perspectivas de uma resolução iminente para o impasse.

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