Venezuela liberta ex-militares dos EUA condenados por tentativa de derrubar governo de Maduro – Libertações acompanham diálogo entre estados.

Venezuela liberta ex-militares dos EUA envolvidos em tentativa de golpe

Após dois anos de prisão, Airan Berry e Luke Denman, ex-militares dos Estados Unidos, foram libertados pela Venezuela. Em 2020, os dois foram condenados a 20 anos de prisão por participarem de uma tentativa de derrubar o governo de Nicolás Maduro, mas agora, são aguardados em casa para passar o Natal com suas famílias.

A expectativa para a soltura foi demostrada pela Coalizão Por Direitos Humanos e Democracia, uma organização não governamental que atua na Venezuela, que celebrou a liberdade dos cidadãos americanos. A ONG destacou que mais de 300 presos políticos venezuelanos ainda permanecem detidos e também merecem ser libertados.

A condenação de Berry e Denman veio após um ataque liderado por um grupo formado por um ex-militar americano, Jordan Goudreau, e por um general desertor, Cliver Alcalá, com intuito de invadir a Venezuela e capturar Nicolás Maduro. No entanto, a operação fracassou, resultando na morte de oito combatentes e na prisão de mais de 60 pessoas que estavam envolvidas, incluindo os ex-militares dos EUA.

A libertação dos ex-militares reflete um possível fortalecimento do canal de diálogo entre Washington e Caracas. Com a saída de Donald Trump da Casa Branca e a chegada de Joe Biden ao poder, começou-se a enxergar uma maior abertura para o diálogo com a Venezuela, especialmente a partir de 2022, com a guerra na Ucrânia e as instabilidades no mercado internacional de petróleo.

Apesar disso, os Estados Unidos ainda pressionam Caracas para que haja a libertação de mais presos políticos e mantenham um acompanhamento atento em relação à situação da democracia e das eleições no país. Além disso, preocupam-se com a condição de Maria Corina Machado, candidata mais votada nas primárias da oposição, mas que foi inabilitada pelas autoridades eleitorais por 15 anos.

Em troca da libertação dos ex-militares dos EUA, o governo americano suspendeu, por seis meses, as sanções ao petróleo, gás e ouro da Venezuela. Este cenário evidencia um possível avanço nas relações entre os países e a busca de um maior equilíbrio geopolítico na região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo