O Proadi-SUS, criado em 2009, conta com a participação de seis hospitais de referência, incluindo o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa de São Paulo (BP), Hospital do Coração (HCor), Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Esses hospitais têm colaborado para apoiar a saúde pública por meio da capacitação de recursos humanos, pesquisas e avaliações, incorporação de tecnologias e inovações em gestão e assistência especializada.
Um projeto específico desenvolvido no âmbito do Proadi-SUS é o Projeto Sepse, fruto de uma parceria estabelecida entre o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês em 2018. O objetivo do projeto é preparar profissionais de saúde para a identificação precoce e tratamento de pacientes com suspeita de sepse, tendo alcançado 84 UPAs e capacitado enfermeiros e assistentes de enfermagem.
A sepse é uma condição grave que pode resultar de uma infecção e causa uma resposta inflamatória no organismo, podendo comprometer o funcionamento de órgãos e levando a uma falência múltipla. Estima-se que ocorram 11 milhões de óbitos por sepse anualmente em todo o mundo, com aproximadamente 240 mil mortes no Brasil a cada ano. A doença pode se desenvolver a partir de qualquer tipo de infecção e é considerada uma emergência médica, com o tratamento precoce sendo crucial para a sobrevivência do paciente.
A taxa de mortalidade por sepse no Brasil é de aproximadamente 60%, segundo o portal do Proadi-SUS, uma porcentagem significativamente mais alta do que a encontrada em países desenvolvidos, onde a taxa gira em torno de 20%. Giselle Franco, coordenadora de projetos do Hospital Sírio-Libanês, ressaltou a importância de um diagnóstico e tratamento mais ágil para a sepse, enfatizando a eficácia dos protocolos implementados no Projeto Sepse.
Dessa forma, a iniciativa do Proadi-SUS em parceria com hospitais de referência tem tido um impacto positivo na qualificação de profissionais de saúde e na redução da mortalidade de pacientes com sepse, mostrando-se como um exemplo de sucesso no aprimoramento da saúde pública no Brasil. A capacitação e adoção de protocolos eficazes têm demonstrado resultados promissores e podem servir de modelo para outras iniciativas na área da saúde no país.