Os cidadãos indianos foram liberados na terça-feira, apesar de estarem em situação irregular na França, o que motiva perguntas sobre sua localização.
Na sua decisão, a juíza ordena a prorrogação por oito dias da detenção dos 25 passageiros na região de espera do aeroporto Roissy-Charles de Gaulle, ao norte de Paris.
Os indianos foram levados a esse aeródromo para que pudessem apresentar seu pedido de asilo. Entre eles, cinco menores foram entregues aos serviços de ajuda à infância.
Todos fizeram parte dos 303 passageiros do voo Airbus A340 da companhia romena Legende Airlines, que ia de Dubai (Emirados Árabes Unidos, EAU) para Manágua, capital nicaraguense.
A aeronave foi barrada em 21 de dezembro por quatro dias no aeroporto de Vatry (150 km a leste de Paris), onde havia feito escala para reabastecer, após uma notificação anônima sobre um possível caso de tráfico de pessoas.
Uma fonte próxima à investigação indicou que provavelmente não havia trabalhadores indianos na EAU que tentassem chegar à América Central para tentar seguir para os Estados Unidos ou Canadá.
Durante a investigação, os passageiros deslocados em regiões do aeroporto foram habilitados pelos serviços de proteção civil, com camas individuais, banheiros e chuveiros.
No momento, a Justiça não manteve a acusação de “tráfico de seres humanos em quadrilha organizada”, já que, ao que parece, os indianos embarcaram no avião de forma voluntária. As duas pessoas presas suspeitas de estarem envolvidas no tráfico foram postas em liberdade.
O avião pôde decolar de novo na segunda-feira com destino a Mumbai (Índia), com 276 passageiros indianos a bordo.
Essa situação revela a complexidade das questões migratórias e a necessidade de análise cuidadosa quanto aos pedidos de asilo. A presença de menores entre os indianos também destaca a vulnerabilidade dessas crianças em meio a processos dessa natureza.
Ainda que a acusação de tráfico humano não tenha sido mantida, esse episódio traz à tona a discussão sobre rotas ilegais e movimentações suspeitas de pessoas em meio a voos internacionais. A segurança e a integridade dos passageiros são fatores essenciais que devem ser levados em consideração diante de situações como esta.
Portanto, é necessário que os órgãos competentes continuem atentos a possíveis situações de risco e atuem para garantir a segurança e a legalidade das viagens internacionais. E, diante do episódio envolvendo os passageiros indianos, é crucial que sejam implementadas medidas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.
