Ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez, obtém liberdade condicional após 8 anos de prisão por casos de corrupção durante mandato.

O ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez (2012-2015), obteve liberdade condicional após pagar fiança por duas condenações por corrupção durante seu mandato. O advogado César Calderón anunciou em uma entrevista nesta quinta-feira que Pérez foi libertado. Ele informou à AFP que trabalhou nos dois casos em que Pérez foi condenado.

De acordo com Calderón, a fiança para o primeiro caso foi de aproximadamente 1,2 milhão de dólares (6 milhões de reais) e foi paga mediante garantia de dois imóveis de seus familiares. Já no outro caso, Pérez foi condenado a oito anos em setembro do ano passado e já pagou 40 mil dólares de multa.

Nos dois casos, juízes diferentes concederam medidas substitutivas para que Pérez deixasse a prisão. Ele obteve liberdade condicional e uma proibição de deixar o país. Pérez, 72 anos, renunciou meses antes de entregar o poder e foi preso em 3 de setembro de 2015, após manifestações em massa.

Essa notícia chocou a população do país e gerou controvérsias, já que Pérez havia sido condenado a um total de 24 anos de prisão por corrupção. A liberdade condicional concedida a ele despertou críticas e questionamentos sobre o sistema judicial guatemalteco e sua efetividade no combate à corrupção.

A decisão de libertar o ex-presidente também gerou um debate sobre a impunidade e a falta de rigor nas punições a políticos envolvidos em escândalos de corrupção. Muitos cidadãos expressaram indignação nas redes sociais e prometeram continuar lutando contra a impunidade e a corrupção no país.

A liberdade condicional de Otto Pérez também levantou questões sobre a necessidade de reformas no sistema judiciário e político da Guatemala, visando aumentar a transparência e fortalecer as instituições responsáveis pelo combate à corrupção. A pressão popular e da comunidade internacional para que o país leve adiante essas reformas tem sido crescente e a liberdade condicional de Pérez reacendeu essa discussão.

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