Museu de Arte de Orlando retira acusações de fraude e conspiração contra coproprietários de pinturas de Jean-Michel Basquiat.

O Museu de Arte de Orlando retirou suas alegações jurídicas de fraude e conspiração contra cinco coproprietários de pinturas apresentadas como criações do artista Jean-Michel Basquiat (1960-1988) e emprestadas para uma exposição em 2022. Em um comunicado, o presidente do conselho do museu, Mark Elliott, anunciou a decisão, explicando que a instituição vai manter apenas o processo contra seu ex-diretor executivo Aaron De Groft, a quem ele responsabilizou por escolher as pinturas para a exposição.

Em agosto de 2023, o museu, também conhecido como OMA, entrou com uma ação pleiteando uma quantia não especificada de indenização por fraude, conspiração e violações diversas dos cinco coproprietários das pinturas falsas, juntamente com De Groft, que foi demitido pelo museu poucos dias após o ataque de junho. Apesar de acreditar que poderia ganhar o caso contra De Groft e os proprietários das obras de arte, Elliott revelou que o custo de lutar contra vários réus era demasiado alto.

A decisão do museu ocorreu após uma reportagem no New York Times sobre a crise financeira enfrentada pela OMA. A diretora e CEO do museu, Cathryn Mattson, disse que a instituição enfrenta um déficit projetado de US$ 835 mil até o final do ano fiscal, em junho deste ano. A falta de transparência por parte da liderança do museu foi criticada por Fiorella Escalon, membro do conselho de aquisição do museu, que liderou a campanha online Save OMA. Após sua campanha, ela foi afastada da diretoria do museu.

Por sua vez, Aaron De Groft afirmou que as pinturas de Basquiat são reais e que ele trouxe verdadeiras obras-primas para o museu. Ele alegou que foi demitido injustamente e que sua reputação profissional foi destruída, afirmando que o processo resultará em milhões de dólares para ele.

Com a decisão de retirar parte das ações judiciais, o Museu de Arte de Orlando espera reduzir despesas e continuar a fornecer ao público a história por trás da exposição de Basquiat, ao mesmo tempo em que responsabiliza De Groft. O caso evidencia o impacto das falsificações de Basquiat não apenas na reputação das instituições, mas também nos desdobramentos financeiros e legais que acarretam.

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