Agência da ONU para Refugiados Palestinos demite funcionários acusados por Israel de envolvimento em incursão mortal.

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou, nesta sexta-feira (26), a rescisão dos contratos de “vários” funcionários supostamente envolvidos em um ataque lançado por comandos islamistas no sul de Israel. As autoridades israelenses comunicaram à UNRWA informações sobre o envolvimento de vários dos seus funcionários na operação de comando, disse o chefe da agência da ONU, Philippe Lazzarini, em comunicado. Ele acrescentou que a decisão foi tomada com efeito imediato, e que uma investigação será realizada para apurar os fatos sem demora. Lazzarini também afirmou que funcionários envolvidos em atos de terrorismo terão que prestar contas, inclusive mediante ações legais.

Os Estados Unidos anunciaram a suspensão do financiamento à UNRWA enquanto examinam as acusações e as medidas que as Nações Unidas tomarão para enfrentá-las. O Departamento de Estado dos EUA disse estar “extremamente preocupado” com as suspeitas em relação à agência. Em resposta, a UNRWA reiterou sua “condenação nos termos mais fortes” dos ataques de 7 de outubro e pediu a libertação imediata e sem condições dos reféns detidos em Gaza. A agência ressaltou que mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da ajuda vital fornecida pela UNRWA desde que a guerra começou.

A incursão de comandos islamistas ao sul de Israel resultou na morte de cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis, e no sequestro de quase 250, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses. Segundo Israel, 104 permanecem em cativeiro e 28 morreram. As ações de represália de Israel, com bombardeamentos incessantes e ações terrestres em Gaza, deixaram até agora pelo menos 26.083 mortos, a maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o pequeno território palestino.

Dessa forma, a agência da ONU está enfrentando uma crise em meio às acusações de envolvimento de seus funcionários em atos terroristas, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos suspendem seu financiamento e as tensões entre Israel e os territórios palestinos continuam a se intensificar. A situação demanda uma resposta rápida e eficaz das autoridades envolvidas, a fim de garantir a segurança e a assistência humanitária necessária para a população afetada pelo conflito.

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