Epidemia de dengue atinge níveis alarmantes no Brasil em 2024, autoridades fazem alerta para o Carnaval e volta às aulas.

Alerta Nacional: Dengue no Brasil atinge níveis alarmantes

O Brasil está enfrentando uma escalada preocupante no número de casos de dengue, com ênfase nos primeiros meses de 2024. De acordo com dados recentemente divulgados pelo Ministério da Saúde, foram registrados 232.990 casos nas primeiras quatro semanas do ano, um aumento de 252% em relação a 2023, quando foram identificados 65.366 casos.

A projeção para 2024 é ainda mais alarmante, com estimativas que variam entre 1,7 milhão e 5 milhões de casos, com uma média de 3 milhões de infecções. O infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Unesp e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), alertou que este ano pode resultar na pior epidemia de dengue já registrada no Brasil. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, vocalizou a preocupação com a chegada do Carnaval e do período de volta às aulas em meio à crescente incidência da doença.

Para conter a propagação do vírus, foi anunciado um centro de operações de emergência para coordenar ações de combate à dengue entre estados, municípios e ministérios. Segundo especialistas, é fundamental que medidas de prevenção coletivas sejam adotadas pelo poder público, mas também existem opções de proteção individual, destacando-se o uso de repelentes tópicos.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os repelentes mais eficazes contêm as substâncias ativas sintéticas DEET, icaridina e IR3535, além de produtos com extratos vegetais. Estudos realizados mostram que os repelentes contendo icaridina na concentração de 25% são os mais eficazes, com duração de proteção de 10 a 12 horas, dependendo da marca.

A garantia de proteção contra o Aedes deve ser verificada no rótulo do produto, juntamente com a aprovação pela Anvisa. No caso de repelentes destinados a crianças, é preciso atenção à idade recomendada para uso de cada substância ativa. Segundo o professor Mauro Teixeira, da UFMG, é importante buscar o registro do produto e seguir as orientações para aplicação.

Diante das evidências científicas, especialistas recomendam cautela em relação aos repelentes caseiros, que muitas vezes não oferecem a mesma eficácia e segurança dos produtos registrados e aprovados pelos órgãos competentes. Portanto, é importante estar atento à procedência e eficácia dos produtos a fim de garantir a proteção adequada contra a dengue. A situação exige atenção e ações coordenadas para evitar uma crise sanitária.

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