Ministro da Fazenda descarta uso de dinheiro do Tesouro Nacional para socorrer empresas aéreas em dificuldades.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (5) que o governo não pretende utilizar recursos do Tesouro Nacional para financiar um eventual fundo de socorro às empresas aéreas em dificuldades. Essa afirmação veio após um encontro do ministro com economistas na sede do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

Haddad disse que estão realizando um levantamento da situação e que até fevereiro será feito um diagnóstico e proposta. Ele ressaltou que não está nos planos do governo fazer um socorro com dinheiro do Tesouro, mas que estão considerando viabilizar uma reestruturação do setor, sem envolver despesa primária. O ministro ainda enfatizou que o custo do querosene de aviação não pode ser usado como justificativa para aumentar o preço das passagens aéreas.

A declaração do ministro vem no momento em que a companhia aérea Gol, uma das principais do país, entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, devido à dívida de mais de R$ 20 bilhões.

Além disso, Haddad foi questionado sobre a pressão de varejistas para que o governo recue da isenção para compras internacionais de até US$ 50. Ele respondeu que o assunto está sendo discutido em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal e também pelo Congresso. Entretanto, o ministro destacou o funcionamento do programa Remessa Conforme, que oferece isenção até US$ 50 para empresas de comércio eletrônico que se comprometam a fornecer informações sobre origem, destinação e conteúdo das remessas, a fim de evitar o contrabando e o tráfico de drogas.

Assim, o governo está em processo de avaliação da situação das empresas aéreas e também discutindo a isenção para compras internacionais, garantindo que as medidas adotadas não envolvam a utilização de recursos do Tesouro Nacional. Este é um tema que continuará a ser debatido nos próximos meses, tanto no governo quanto nos poderes legislativo e judiciário.

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