A investigação do procurador especial Robert Hur descartou acusações criminais contra Biden pela retenção de documentos confidenciais, mas deixou em evidência a questão da idade avançada do presidente e sua suposta memória ruim. O problema maior se deu quando Biden, ao responder aos jornalistas, cometeu um deslize, ao chamar o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, de presidente do México.
Em resposta às críticas, a vice-presidente Kamala Harris elevou o tom e questionou as motivações do procurador especial, afirmando que o relatório estava claramente motivado politicamente. Como reforço à controversa publicação, o ex-presidente Donald Trump opinou sobre a saúde mental de Biden, questionando se ele “se dá conta que está vivo”.
Já para o senador democrata John Fetterman, ficou claro que Hur tinha intenções políticas, uma vez que foi nomeado por Trump e, segundo ele, foi apenas difamação e um golpe baixo. Além disso, a idade avançada de Biden se tornou um tema central da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de novembro, deslocando o foco para Kamala Harris como sua sucessora.
A discussão em torno da memória de Biden e a repercussão política do relatório levou a um questionamento concernente pressão política sobre o procurador especial para ir além de sua competência devido à polarização política. A Casa Branca protestou contra os comentários considerados inapropriados e sugeriu que o procurador especial estava sob pressão para realizar críticas injustas ao presidente.
Em meio a essa crise política, os republicanos pediram a renúncia de Biden, enquanto Trump, que enfrenta acusações criminais por retenção de documentos confidenciais, acusou o Departamento de Justiça de aplicar um padrão duplo. Para a opinião pública, as críticas à idade de Biden podem ser controversas, mas para a administração, não há motivo para preocupação.
O relatório também gerou um comentário que magoou especialmente Biden, ao sugerir que ele não conseguia se lembrar quando seu filho Beau morreu vítima de um câncer, em 2015. Esse é um episódio que trouxe incômodo ao presidente e gerou mais controvérsia em torno das conclusões do relatório. A repercussão do relatório e suas implicações políticas devem continuar a ser tema de debate e discussão nos próximos dias.
