O balanço anual da associação revelou ainda que o número de trabalhadores diretos atingiu 1,97 milhão, apresentando um crescimento de 3,7% em relação a 2022. O presidente executivo da ABIA, João Dornellas, atribuiu esse aumento ao crescimento de 5,1% da produção física, totalizando 270 milhões de toneladas de alimentos, e aos investimentos em inovação, pesquisa, desenvolvimento, ampliação e modernização de plantas, que alcançaram a cifra de R$ 35,9 bilhões, mais de 50% acima do apurado no ano anterior.
O faturamento do setor em 2023 foi de R$ 1,161 trilhão, 7,2% acima do apurado no ano anterior, correspondendo a 10,8% do PIB nacional. O mercado interno respondeu por R$ 851 bilhões das vendas e as exportações por R$ 310 bilhões. O presidente do Conselho Diretor da ABIA, Gustavo Bastos, destacou que, apesar dos desafios enfrentados, a gestão eficiente das indústrias de alimentos permitiu que a produção se mantivesse robusta, contribuindo para a segurança alimentar de milhões de brasileiros.
Em relação aos preços, o setor enfrentou menor variação de preços de itens como embalagens e combustíveis, o que aliviou os custos de produção de alimentos. O IPCA para alimentos e bebidas variou apenas 1,02% em 2023, ante 11,6% no período anterior.
Além disso, o Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de alimentos industrializados, com 72,1 milhões de toneladas exportadas em 2023, representando um crescimento de 11,4% em relação a 2022. Dornellas ressaltou que o Brasil tem uma indústria de alimentos muito forte, com tecnologia e capacidade de produção para atender o mercado interno e exportar para 190 países, buscando avançar na exportação de produtos com maior valor agregado.