As forças armadas, juntamente com o órgão responsável pela administração das prisões (SNAI), estão empenhadas em acionar protocolos de investigação e busca para recapturar os fugitivos. A recém-divulgada fuga ocorreu logo após a visita de um grupo de jornalistas à penitenciária de 17 hectares. Nessa visita, os jornalistas puderam testemunhar a presença de segurança intensificada, com cerca de 1.500 militares protegendo a área.
A prisão em questão é o reflexo do impacto do narcotráfico na região. O Equador, situado entre Colômbia e Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, viu um aumento significativo na violência decorrente do tráfico de drogas nos últimos anos. Isso levou a um aumento acentuado nos índices de homicídios, chegando a 46 por cada 100.000 habitantes.
As fugas de prisão e as chacinas entre os presos se tornaram eventos recorrentes, impulsionando o presidente Daniel Noboa a declarar um “conflito armado interno”. A mobilização das forças armadas nas ruas e nas prisões resultou em uma redução na taxa de homicídios, de 28 casos diários para 11, de acordo com os dados oficiais.
Diante desse cenário de violência e instabilidade, o Equador enfrenta desafios significativos em relação à segurança pública e ao controle do crime organizado. A fuga dos detentos em Latacunga é mais um sintoma desse panorama conturbado que assola o país andino.