Antecipação de R$ 30,1 bilhões em precatórios é repassada ao Judiciário em Brasília, conforme Ministério do Planejamento.

O Ministério do Planejamento divulgou, em Brasília, que os R$ 30,1 bilhões em antecipação de precatórios em 2024 foram repassados ao Poder Judiciário e aguardam apenas a gestão dos tribunais para serem pagos. A conclusão do processo ocorreu no último dia 20, com o crédito suplementar de R$ 10,7 bilhões remanejados do Orçamento para a quitação desses débitos.

No último sábado, o Ministério do Planejamento detalhou os R$ 30,1 bilhões antecipados. A maior parte desse valor, equivalente a R$ 14,75 bilhões, corresponde a precatórios relacionados a despesas de custeio e capital. Além disso, foram destinados R$ 11,85 bilhões para precatórios do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef), voltados principalmente para a educação e valorização do magistério nos estados e municípios.

Outros precatórios incluem R$ 2,74 bilhões de grande valor, R$ 541 milhões relacionados à Previdência Social e R$ 223 milhões para despesas judiciais com o funcionalismo público. A antecipação não terá impacto na meta do governo de zerar o déficit primário em 2024, uma vez que esses recursos já estavam previstos no Orçamento Geral da União.

Os precatórios, dívidas do governo com sentença judicial definitiva, foram antecipados para quitar o passivo decorrente da emenda constitucional de 2021, que permitiu o parcelamento dos débitos acima de 60 salários mínimos. Caso não houvesse a antecipação, o passivo poderia chegar a R$ 200 bilhões até o final de 2026.

Com a antecipação dos R$ 30,1 bilhões, o passivo da emenda constitucional dos precatórios foi zerado, conforme o Ministério do Planejamento e Orçamento. O Orçamento de 2024 prevê ainda o pagamento de R$ 36,3 bilhões em cumprimento de sentenças judiciais destinadas a requisições de pequeno valor, não abrangidas pela emenda constitucional de 2021.

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