O governador de Chubut, Ignacio Torres, declarou que na próxima quarta-feira não sairá nem uma gota de petróleo se as províncias não forem respeitadas e não retirarem o pé de cima. Ele e outros governadores da região sul da Patagônia se uniram para exigir que o Ministério da Economia entregue os recursos de Chubut, caso contrário, a província não irá disponibilizar seu petróleo e gás.
Essa disputa levou Milei a chamá-los de “degenerados fiscais” e a ameaçar com possíveis consequências legais. A Argentina exporta petróleo e gás, mas importa combustível refinado para consumo interno. O governo espera um superávit energético em 2024, principalmente devido à exploração do campo não convencional de Vaca Muerta.
Chubut, como a segunda maior província produtora de petróleo e gás, recebeu apoio de outras províncias administradas por aliados de centro-direita. O presidente Milei esperava implementar cortes fiscais e reformas ultraliberais, mas os deputados frustraram essa tentativa.
O ministro da Economia justificou o corte de fundos devido a uma dívida não paga de Chubut e alertou que outras 10 províncias também podem enfrentar situações semelhantes. Enquanto isso, o Gabinete da Presidência reiterou que não contribuirá para financiar o desperdício das províncias.
Essa disputa coloca em evidência os desafios políticos e econômicos enfrentados pela Argentina e destaca a urgência de encontrar soluções para garantir o abastecimento de recursos essenciais para o país.