O anúncio da candidatura do presidente foi feito através de um canal nas redes sociais gerenciado por sua equipe. Caso seja reeleito, Lukashenko completará 36 anos no poder, em um país marcado pela repressão e acusações de fraude eleitoral.
Após as últimas eleições, Lukashenko iniciou uma intensa onda de repressão contra a dissidência, com centenas de pessoas detidas e milhares forçadas ao exílio. Neste domingo, a votação ocorre sem a participação da oposição, que pediu um boicote ao processo eleitoral.
A líder da oposição no exílio, Svetlana Tikhanoskaya, criticou as eleições como uma farsa, chamando atenção para as tentativas do regime de Lukashenko de se legitimar no poder. Enquanto isso, o grupo de defesa dos direitos humanos Viasna alerta que Belarus possui atualmente 1.419 presos políticos.
Além disso, a situação de Belarus se agrava ao se aliar com a Rússia em meio aos conflitos na Ucrânia, o que a deixa ainda mais isolada no cenário internacional. Em resumo, a votação parlamentar em Belarus é vista como controversa e questionada pela oposição e por organizações de direitos humanos devido à falta de transparência e respeito às regras democráticas. A votação deste domingo marca mais um capítulo na longa trajetória de Lukashenko no poder e levanta questionamentos sobre os rumos políticos do país nos próximos anos.