STF encerra disputa trabalhista bilionária da Petrobras, favorecendo a estatal e gerando polêmica entre sindicatos e trabalhadores.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta segunda-feira (4) a maior disputa trabalhista envolvendo a Petrobras, determinando o trânsito em julgado do caso e concedendo a vitória à petroleira estatal. Após anos de batalha judicial, não há mais possibilidade de recursos e a empresa saiu vitoriosa.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) ainda discorda da decisão e afirma que ainda cabe recurso ao plenário do Supremo. De acordo com a entidade, o julgamento não está encerrado e medidas judiciais serão tomadas em defesa do acordo coletivo de trabalho assinado pela Petrobras e os trabalhadores em relação à Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR).

A disputa gira em torno do cálculo da RMNR, um piso salarial estabelecido em um acordo coletivo de 2007. Estima-se que o impacto financeiro para a companhia seja de R$ 47 bilhões. Após uma votação favorável à Petrobras em novembro, os sindicatos entraram com recursos, porém os embargos de declaração foram todos negados por unanimidade em março.

O processo discute a inclusão de adicionais constitucionais, como periculosidade, confinamento ou trabalho noturno, no cálculo da RMNR, visando garantir a igualdade nos vencimentos dos funcionários. Alguns empregados conseguiram na justiça o direito de receber seus adicionais separadamente dos pisos estabelecidos, causando desigualdades salariais na empresa.

Os sindicatos argumentam que, diante dos diferentes entendimentos sobre o assunto, deve prevalecer aquele mais benéfico aos empregados, requerendo a exclusão dos adicionais do cálculo da RMNR para corrigir as distorções salariais existentes na Petrobras. A batalha judicial demonstra a complexidade das questões trabalhistas e a importância de garantir a justiça e equidade no ambiente de trabalho.

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