Suécia se torna o 32º membro da OTAN após diplomacia tortuosa e encerra dois séculos de não alinhamento.

A Suécia se juntou oficialmente à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quinta-feira (7), tornando-se o 32º membro da aliança militar. Esse movimento histórico encerrou mais de dois séculos de não alinhamento oficial do país e dois anos de intensa diplomacia.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, entregou os documentos de ratificação ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante uma cerimônia em Washington. Essa etapa foi marcada por uma difícil batalha para obter a aprovação dos outros 31 membros da Otan.

Ao aceitar os certificados, Blinken destacou que a entrada da Suécia na Otan é uma demonstração da “queda histórica” da Rússia. Por sua vez, Kristersson descreveu a adesão como uma vitória para a liberdade, enquanto o presidente americano, Joe Biden, celebrou o ingresso do país escandinavo na aliança.

A Suécia formalizou sua candidatura para integrar a Otan em maio de 2022, logo após a invasão russa da Ucrânia. A adesão sueca ocorreu paralelamente à da Finlândia, que foi admitida em abril de 2023. A inclusão da Suécia foi vista como um fortalecimento da Otan diante das agressões russas.

Com a entrada da Suécia na Otan, a Rússia prometeu “contramedidas”, especialmente se efetivos militares e equipamentos da aliança forem implantados no país escandinavo. Isso coloca o Mar Báltico sob a órbita de países-membros da Otan, transformando a região em um “lago da Otan”, de acordo com alguns analistas.

O presidente Biden elogiou a adesão da Suécia à Otan como uma resposta à agressão russa na Ucrânia. Agora, a Suécia ocupará seu lugar na mesa da Otan, com voz e voto em igualdade de condições ao moldar políticas e decisões, conforme afirmou o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.

Espera-se que a bandeira sueca seja hasteada na sede da Otan em Bruxelas na próxima segunda-feira, simbolizando o novo status do país como membro pleno da aliança militar. Após mais de 200 anos de não alinhamento, a Suécia agora desfruta da proteção e segurança proporcionadas pela Otan.

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