La Niña chega ao Brasil: o que esperar do clima nos próximos meses?

O Brasil está se preparando para um período de mudanças climáticas significativas, de acordo com uma nota técnica preparada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e veiculada pela Casa Civil. A previsão é de que o país deixe para trás o El Niño e seja impactado por uma La Niña a partir de julho, o que trará alívio para o calor escaldante que tem predominado desde setembro de 2023.

A La Niña, fenômeno causado pelo resfriamento do Oceano Pacífico Tropical, é o oposto do El Niño e promete refrescar boa parte do Brasil e do mundo. Embora traga a perspectiva de frentes frias mais intensas e prolongadas, a La Niña também pode trazer consequências negativas, como secas e chuvas torrenciais.

É importante destacar que a intensidade e duração da La Niña ainda são incertas neste momento, mas espera-se que ela tenha um efeito mais duradouro que o El Niño. Enquanto isso, o atual El Niño está perdendo força lentamente, mas ainda deverá se manter ativo até maio, trazendo ainda anomalias climáticas como calor acima da média em todo o país, chuvas intensas no Sul e incêndios em Roraima.

Com a chegada da La Niña, é esperado que ocorram bem-vindas chuvas no semiárido e no Norte do Brasil, enquanto o Sudeste e parte do Centro-Oeste devem sentir uma redução no calor, especialmente durante a primavera. Já para o Sul, o cenário continua a ser desfavorável, com riscos de secas que podem comprometer a agricultura e a geração de energia elétrica.

A transição entre o El Niño e a La Niña deverá continuar a ser monitorada de perto pelos cientistas, pois as consequências desses fenômenos podem ser imprevisíveis. A incerteza do cenário climático futuro ressalta a importância de estudos contínuos e monitoramento constante para compreender e se preparar para essas mudanças.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo