TSE anula votos do PROS em BH por candidaturas fictícias de mulheres na eleição de 2020, impactando vereadores eleitos.

Na última terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou uma decisão que impactará diretamente a composição da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte. Por unanimidade, os ministros do TSE decidiram anular os votos recebidos pelo antigo partido PROS nas eleições de 2020, alegando que a legenda fraudou a cota de gênero ao utilizar candidaturas femininas fictícias para simular o cumprimento da obrigação de 30% de candidaturas de mulheres.

Com essa determinação, a Justiça Eleitoral terá a responsabilidade de refazer os cálculos dos votos destinados ao PROS e redistribuir as cadeiras conquistadas pelo partido. Um ponto importante a ser destacado é que, no ano passado, o PROS se fundiu com o Solidariedade.

Essa decisão do TSE impacta diretamente os vereadores Wesley Moreira e César Gordin, que foram eleitos pelo PROS. A confirmação da cassação dos parlamentares, porém, só será oficializada após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas se pronunciar.

O voto mais decisivo a favor da anulação dos votos foi proferido pelo relator do caso, o ministro Floriano de Azevedo Marques, que votou pela cassação dos vereadores. O ministro destacou que as candidatas do partido não demonstraram empenho em suas campanhas e ainda promoveram candidaturas masculinas nas redes sociais.

De acordo com Floriano de Azevedo Marques, as candidatas parecem ter desistido da campanha logo após o registro de suas candidaturas, o que levanta suspeitas sobre a real intenção das mesmas ao participarem do pleito eleitoral.

Além do relator, os ministros André Ramos Tavares, Raul Araújo, Maria Isabel Galotti, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, também votaram a favor da anulação dos votos recebidos pelo PROS. Essa decisão certamente terá impacto não só na composição da Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, mas também traz à tona questões importantes sobre a transparência e lisura no processo eleitoral.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo