Delação premiada de Ronnie Lessa revela mandantes do crime de Marielle Franco e Anderson Gomes, encaminhando processo ao STF.

No desenrolar das negociações do acordo de delação premiada envolvendo o ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o responsável pelos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, foram oferecidos benefícios que poderão impactar significativamente sua situação judicial. Lessa concordou em ter suas penas unificadas, com a perspectiva de receber uma sentença total que varie entre 20 e 30 anos de prisão, em troca da identificação dos mandantes dos homicídios.

Atualmente enfrentando dez ações penais, onde é réu por casos de duplos homicídios e tráfico de armas, o ex-PM, que se encontra detido na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso, pode vir a cumprir a pena em uma unidade prisional no Rio de Janeiro, se o acordo for homologado conforme o esperado.

O ex-PM, em sua delação, trouxe à tona informações sobre os supostos mandantes por trás dos assassinatos de Marielle e Anderson. Em seus depoimentos, houve menção a uma autoridade que não ocupava cargo durante a época dos crimes, completando-se seis anos desde as fatalidades nesta quinta-feira.

Diante das novas revelações apresentadas por Lessa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou o foro adequado para o caso ser o Supremo Tribunal Federal (STF) e transferiu o processo para esta instância. O ministro designado para ser relator do processo é Alexandre de Moraes.

Lessa foi preso em março de 2019 por sua participação nos assassinatos da vereadora e do motorista, sendo apontado como o atirador nos depoimentos do ex-policial militar Élcio de Queiroz. Condenado a quatro anos e meio de detenção por ocultação das armas utilizadas no crime, Lessa enfrenta um cenário complexo que poderá ter desdobramentos relevantes no desfecho deste caso que chocou o país.

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