Atualmente enfrentando dez ações penais, onde é réu por casos de duplos homicídios e tráfico de armas, o ex-PM, que se encontra detido na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso, pode vir a cumprir a pena em uma unidade prisional no Rio de Janeiro, se o acordo for homologado conforme o esperado.
O ex-PM, em sua delação, trouxe à tona informações sobre os supostos mandantes por trás dos assassinatos de Marielle e Anderson. Em seus depoimentos, houve menção a uma autoridade que não ocupava cargo durante a época dos crimes, completando-se seis anos desde as fatalidades nesta quinta-feira.
Diante das novas revelações apresentadas por Lessa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou o foro adequado para o caso ser o Supremo Tribunal Federal (STF) e transferiu o processo para esta instância. O ministro designado para ser relator do processo é Alexandre de Moraes.
Lessa foi preso em março de 2019 por sua participação nos assassinatos da vereadora e do motorista, sendo apontado como o atirador nos depoimentos do ex-policial militar Élcio de Queiroz. Condenado a quatro anos e meio de detenção por ocultação das armas utilizadas no crime, Lessa enfrenta um cenário complexo que poderá ter desdobramentos relevantes no desfecho deste caso que chocou o país.