Embaixada dos EUA em Cuba é convocada por “conduta intervencionista” durante protestos contra apagões e escassez de alimentos em Santiago

Na segunda-feira (18), o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos em Havana, Benjamin Ziff, foi convocado à chancelaria cubana devido à “conduta intervencionista” de Washington durante os protestos em Santiago de Cuba. A situação teve início no domingo, quando centenas de pessoas se manifestaram nas ruas contra os apagões e a escassez de alimentos na cidade.

O vice-ministro, Carlos Fernández de Cossío, expressou o repúdio do governo cubano às mensagens caluniosas e à interferência dos Estados Unidos em assuntos internos do país. Ele destacou a responsabilidade direta de Washington diante da difícil situação econômica enfrentada por Cuba, atribuindo parte dessa situação ao bloqueio econômico imposto há mais de seis décadas pelos EUA.

Os protestos foram motivados pelos apagões de até 13 horas diárias e pela falta de alimentos, que têm afetado a população cubana. Washington considerou os protestos como reflexo de uma situação desesperada, mas negou estar por trás das manifestações. A embaixada dos Estados Unidos em Cuba pediu ao governo cubano que respeitasse os direitos humanos dos manifestantes e atendesse às necessidades do povo cubano.

Além de Santiago de Cuba, houve relatos de protestos pacíficos em outras localidades, como Bayamo e Cobre. A situação econômica em Cuba tem sido agravada pelos cortes de energia decorrentes de trabalhos de manutenção na usina termelétrica Antonio Guiteras, em Matanzas.

Enquanto o governo cubano responsabiliza o bloqueio econômico dos EUA pela crise atual, os Estados Unidos mantêm sua postura de embargo econômico e incluíram Cuba novamente em sua lista de patrocinadores do terrorismo em 2021. A tensão entre os dois países continua a influenciar a situação política e econômica em Cuba, gerando protestos e manifestações populares em diversas partes do país.

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