Proposta de Reforma Constitucional de Gustavo Petro gera temores sobre possível extensão de mandato na Colômbia.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, gerou polêmica ao negar, nesta segunda-feira (18), ter a intenção de estender seu mandato, diante dos temores despertados na oposição por sua proposta de reforma na Constituição. A proposta de Petro de convocar uma Assembleia Nacional Constituinte foi vista por seus adversários como uma tentativa de ampliar seu mandato além de agosto de 2026.

Em sua defesa, o presidente afirmou que o processo constituinte não tem o objetivo de mudar a Constituição de 1991, tampouco de perpetuá-lo no poder. Petro ressaltou a necessidade de atenção urgente para diversos pontos, tais como a implementação do acordo de paz com as Farc, reforma agrária, mudanças no sistema judicial e políticas de descarbonização da economia.

No entanto, o presidente tem sido duramente criticado por ter prometido, antes de assumir o cargo, que não convocaria uma Constituinte. Essa mudança de postura gerou reações negativas, inclusive do ex-presidente Iván Duque, que alertou para uma possível tentativa de prolongamento do mandato presidencial.

Com sua proposta enfrentando resistência no Congresso, onde Petro não possui maioria, o presidente antecipou que convocará o povo para mobilizações e debates. Especialistas interpretam essa medida como uma tentativa desesperada do primeiro presidente de esquerda do país diante das dificuldades em cumprir suas promessas de campanha.

É importante ressaltar que a Constituição colombiana de 1991 foi redigida após a desmobilização da guerrilha urbana M-19, à qual Petro pertenceu na juventude. Sua proposta de reforma constitucional levanta questões sobre o futuro político do país e a manutenção da estabilidade democrática.

Desta forma, o presidente Gustavo Petro enfrenta um cenário de oposição e críticas à sua proposta de reforma constitucional, ao mesmo tempo em que busca legitimar suas intenções perante a opinião pública e os poderes constituídos. A Colômbia vive um momento de incerteza política diante das controvérsias geradas pela proposta de Petro.

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