O altruísmo extremo em destaque: Marcos Vinícius, o herói da Baixada, arriscou a vida para salvar mãe e gêmeas presas em enxurrada.

Marcos Vinícius de Souza Vasconcelos, um jovem de 20 anos, se tornou conhecido como o “herói da Baixada” após arriscar sua vida para salvar uma mãe e suas duas filhas gêmeas de um ano em meio a uma enxurrada em Nova Iguaçu. Esse ato de altruísmo extremo gerou questionamentos e reflexões sobre o que leva alguém a se colocar em perigo para salvar outra pessoa.

O que leva alguém a agir dessa forma? Como o cérebro de Marcos Vinícius tomou essa decisão? Estaria associado à evolução humana ou seria influência da educação recebida? Essas são algumas das perguntas que a ciência tenta responder, mas sem chegar a uma única conclusão definitiva.

Tiago Bortolini, pesquisador de pós-doutorado na Unidade de Neurociências Cognitiva e Neuroinformática do IDOR-RJ, ressalta que é difícil encontrar um preditor que explique por que Marcos agiu daquela forma. Ele destaca que o altruísmo normal envolve ajudar o próximo sem correr riscos, enquanto o altruísmo extremo, como o demonstrado por Marcos, é mais difícil de ser explicado.

Para Bortolini, a espécie humana é naturalmente colaborativa, mas as motivações para agir de forma altruísta podem variar muito de acordo com cada situação e indivíduo. A decisão de ajudar alguém em perigo pode ser influenciada por diversos fatores, como experiências anteriores, educação, valores sociais e culturais, entre outros.

Além disso, o questionamento sobre a influência genética no comportamento altruísta também surge. Estudos indicam que a genética pode desempenhar um papel significativo em atos de bondade, como demonstrado por pesquisadores da Case Western Reserve University. No entanto, a complexidade do altruísmo extremo envolve uma variedade de fatores que vão além da influência genética.

Em suma, a ciência ainda não possui respostas definitivas sobre o que leva alguém a se arriscar para salvar outra pessoa. A combinação de processos evolutivos, influências culturais, experiências pessoais e possíveis predisposições genéticas contribuem para moldar essa forma extrema de altruísmo que, em última análise, parece ser uma característica intrínseca da espécie humana em constante evolução.

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