Segundo Pope, os migrantes tornaram-se alvos fáceis por não terem direito a voto, o que os torna vulneráveis a discursos discriminatórios. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Donald Trump fez declarações alarmantes sobre uma suposta “invasão” na fronteira sul, insinuando que alguns migrantes “não são pessoas”.
Esses discursos, de acordo com a diretora da OIM, podem ter sérias consequências, levando a um aumento da violência e discriminação quando determinados grupos são desumanizados. Pope enfatizou que é prejudicial para a sociedade quando a retórica anti-imigração não corresponde à realidade.
Além disso, a diretora da OIM também ressaltou a importância dos migrantes para a economia de países como os da Europa, que sofrem com a escassez de mão de obra. Ela citou que a imigração contribuiu positivamente para a recuperação econômica dos Estados Unidos após a pandemia de Covid-19, conforme destacado pela revista The Economist.
Pope enfatizou a necessidade de criar rotas migratórias seguras e legais para evitar que as pessoas se arrisquem em jornadas perigosas. Ela alertou que o número de mortes em rotas migratórias atingiu um recorde alarmante em 2023, e que essa tendência pode se agravar com os conflitos e os efeitos das mudanças climáticas.
Por fim, a diretora da OIM reforçou a urgência de encontrar soluções para atender às necessidades dos migrantes de forma segura e regular, a fim de evitar pressões nas fronteiras e garantir o respeito aos direitos humanos.