O presidente Vladimir Putin, que foi recentemente reeleito para um novo mandato de seis anos, tem se posicionado em defesa da “família” e da religião, se opondo ao que ele chama de um Ocidente “decadente” e até mesmo “satânico”.
Desde o início da campanha militar russa na Ucrânia, lançada em fevereiro de 2022, as autoridades locais têm intensificado a repressão contra as minorias sexuais. Exemplo disso foi a prisão dos donos de um bar na região dos Urais, que agora enfrentam a possibilidade de até dez anos de prisão por envolvimento em atividades consideradas “extremistas” por apoiarem a comunidade LGBTQIA+.
Além disso, recentemente, houve a prisão de diversas pessoas por publicarem fotos com bandeiras arco-íris e até mesmo um caso de duas mulheres que foram detidas por divulgarem um vídeo se beijando na internet.
A legislação russa proíbe a “propaganda” de “relações sexuais não tradicionais” desde 2013. No entanto, essa restrição foi ampliada no final de 2022, abrangendo qualquer forma de “propaganda” LGBTQIA+ na mídia, internet, livros e filmes. Em meio a esse cenário de repressão, os deputados russos aprovaram uma lei que proíbe pessoas transgênero de realizarem cirurgias e terapias hormonais.
Essas medidas têm preocupado ativistas e defensores dos direitos humanos, que temem um retrocesso nos avanços conquistados pela comunidade LGBTQIA+. A situação na Rússia continua sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional, que tem manifestado preocupação com as violações dos direitos humanos no país.