A AEDO já está disponível em todos os 8.344 cartórios de notas do Brasil e tem sido vista como uma ferramenta importante para aumentar o número de doações. Atualmente, mais de 42 mil brasileiros aguardam na fila por transplantes, sendo 500 deles crianças. A formalização da vontade de doar órgãos por meio desse documento eletrônico visa criar um registro acessível aos profissionais de saúde, possibilitando que a vontade do doador seja apresentada à família no momento apropriado.
Segundo Giselle Oliveira de Barros, presidente do CNB/CF, a AEDO resolve uma questão social relevante ao permitir que as pessoas expressem seu desejo de salvar vidas por meio de um documento oficial com validade jurídica. Essa medida recebeu elogios de especialistas na área de transplantes, como Alexandre Sallum, chefe de transplante renal do Hospital Santa Catarina – Paulista, que destacou que a formalização da vontade de doar órgãos pode levar a um aumento significativo no número de doações.
O processo de registro da vontade de doação por meio da plataforma AEDO é simples e ocorre de forma online, seguido por uma videoconferência entre o tabelião e o solicitante para a coleta da manifestação de vontade. Com a assinatura digital, o documento fica disponível para consulta pelos responsáveis do Sistema Nacional de Transplantes. Além disso, o doador tem a opção de escolher quais órgãos deseja doar, como medula, intestino, rim, entre outros.
Essa iniciativa, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, tem o potencial de impactar positivamente a quantidade de órgãos disponíveis para doação no Brasil, contribuindo para salvar a vida de muitas pessoas que aguardam na fila por transplantes. Portanto, a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos representa um avanço significativo na área da saúde e no incentivo à doação de órgãos.