O Zimbábue se tornou o terceiro país do sul da África a tomar essa decisão, após Malawi e Zâmbia, diante da devastação provocada pela seca relacionada ao El Niño. O presidente Mnangagwa declarou em uma coletiva de imprensa que nenhum zimbabuense deve sucumbir à fome e que recursos excepcionais serão desbloqueados para lidar com a crise.
Mais de 2,7 milhões de pessoas enfrentarão escassez de alimentos devido à falta de chuvas e às colheitas que estão longe de serem suficientes para alimentar a população. Diante disso, os moageiros do Zimbábue precisaram importar milho geneticamente modificado da África do Sul para suprir a demanda, o que resultou em um aumento nos preços dos alimentos, afetando principalmente as populações mais pobres.
A situação é tão crítica que pequenos agricultores relataram lutas para alimentar suas famílias devido às colheitas escassas e aos preços em alta dos alimentos. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertou sobre a gravidade da situação, ressaltando que as condições meteorológicas secas associadas ao El Niño devem agravar a insegurança alimentar na região.
Diante desse cenário, é essencial que a ajuda humanitária seja destinada às áreas mais afetadas pela seca e que medidas eficazes sejam tomadas para garantir a segurança alimentar da população vulnerável. O fenômeno El Niño continua a representar um desafio para os países da região, exigindo uma resposta conjunta e coordenada para minimizar os impactos devastadores da seca.