Fugitivos de penitenciária federal em Mossoró são recapturados no Pará após 50 dias de buscas, operação é considerada vitória das forças de segurança

Após intensas buscas que duraram cerca de 50 dias, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou que a captura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, e a prisão de indivíduos que os auxiliaram, foi uma grande vitória para as forças de segurança. A operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal contou com mais de 500 agentes de diferentes esferas federais e estaduais, demonstrando a eficácia do trabalho em equipe.

Lewandowski ressaltou que o combate ao crime organizado é uma prioridade e que o prazo de 50 dias para a recaptura dos fugitivos foi razoável, considerando as dimensões continentais do país e as adversidades encontradas, como as chuvas intensas que prejudicaram as buscas em áreas de mata e caatinga. O ministro elogiou o trabalho conjunto de inteligência que resultou no sucesso da operação.

O ministro informou que as investigações continuam para identificar a organização criminosa envolvida nas fugas e os moradores que colaboraram com os criminosos. Mendonça e Nascimento serão encaminhados de volta para a Penitenciária Federal de Mossoró, que passou por melhorias na segurança após a fuga. Eles ficarão em celas separadas e sob constante monitoramento.

A captura dos fugitivos ocorreu em um trecho da BR-222 próximo à cidade de Marabá (PA), a cerca de 1,6 mil quilômetros da unidade de segurança máxima de onde escaparam em fevereiro. Além dos fugitivos, foram presos outros quatro suspeitos de auxiliá-los, sendo apreendidos três carros e um fuzil durante a ação.

As forças policiais monitoraram o grupo e agiram no momento propício, evitando confrontos. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou que a ação foi planejada com cuidado para garantir a segurança de todos os envolvidos e a população.

Após um extenso processo de investigação, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais não encontrou indícios de corrupção na fuga dos detentos. A corregedora-geral apontou falhas nos procedimentos de segurança da penitenciária e iniciou procedimentos administrativos disciplinares para apurar responsabilidades. No total, dez servidores estão sob investigação e outros 17 assinarão Termos de Ajustamento de Conduta, se comprometendo com medidas corretivas.

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