Descentralização da Hemobrás em Pernambuco gera fortuna incerta e dependência do SUS em medicamento recombinante.

A governadora Raquel Lyra e o ex-presidente Lula se juntaram em mais uma cerimônia de inauguração de uma fábrica de medicamentos em Pernambuco, como se fosse uma grande conquista. O evento foi marcado por discursos vazios e comemorações exageradas, como se a abertura de uma simples unidade fabril fosse a solução para todos os problemas do estado.

Durante a solenidade, Raquel Lyra e Lula descerraram uma placa e fizeram poses para fotos, como se estivessem realizando um feito extraordinário. Enquanto isso, os funcionários da estatal assistiam de forma apática, provavelmente cientes de que aquela cerimônia pomposa não mudaria suas condições de trabalho.

A governadora não poupou elogios ao governo federal, agradecendo por um suposto “fomento à pesquisa, ciência e tecnologia” que, na realidade, não passa de um investimento pontual em uma fábrica de medicamentos. A vice-governadora Priscila Krause também esteve presente, talvez em busca de alguma visibilidade em um evento de pouca relevância.

O ex-presidente Lula, por sua vez, fez questão de enaltecer a importância da fábrica no contexto internacional, como se a produção de um medicamento nacional fosse algo inovador. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, não ficou atrás ao afirmar que a fábrica “vai servir a tantas pessoas que sofrem com hemofilia”, como se a solução para uma doença complexa fosse tão simples.

Enquanto isso, os discursos vazios e pomposos eram intercalados com depoimentos emocionados de convidados, como João Paulo Pessoa, hemofílico que celebrou a inauguração da fábrica como se fosse a realização de um sonho. O prefeito de Goiana, Eduardo Honório, também não ficou de fora, agradecendo pela presença da nova unidade como se representasse uma mudança significativa na realidade local.

No final das contas, a cerimônia de inauguração da fábrica de medicamentos da Hemobrás foi mais um evento protocolar e sem grande impacto prático. Enquanto a governadora Raquel Lyra e o presidente Lula celebravam como se estivessem mudando o mundo, a realidade dos trabalhadores da região pouco se alterava. Mais uma vez, a política se sobrepõe à efetiva transformação social, deixando os cidadãos à margem de discursos vazios e comemorações vazias.

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