Essa declaração do chanceler britânico ocorreu em meio a críticas cada vez mais crescentes de figuras proeminentes, como mais de 600 advogados britânicos, incluindo ex-juízes da Suprema Corte, que alertaram que o Reino Unido corria o risco de violar o direito internacional ao exportar armas para Israel. Um dos critérios britânicos estabelece que as armas não devem ser exportadas quando existe um risco claro de que possam ser usadas em violações do direito humanitário internacional.
Enquanto isso, os Estados Unidos, que são os maiores fornecedores de armas para Israel, também se recusaram a suspender os envios, apesar de sua própria frustração com a condução da guerra por parte do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Apesar das preocupações sérias em relação ao acesso à ajuda humanitária em Gaza, tanto o Reino Unido quanto os EUA continuam autorizando as vendas de armas para Israel.
Nos últimos anos, o Reino Unido aprovou mais de 487 milhões de libras em vendas de armas para Israel, desde 2015. Essa decisão tem gerado debates acalorados e críticas tanto dentro do país quanto internacionalmente. O chanceler britânico deixou claro que, por enquanto, as vendas de armas para Israel não serão interrompidas, apesar das crescentes pressões e apelos por uma mudança nessa política.